domingo, 21 de junho de 2009

Autoeuropa

Numa das fases da minha vida trabalhei na EDSCHA. Esta empresa encontrava-se dentro do parque da Autoeuropa e fabricava os travões de mão, conjunto de pedais e dobradiças para os carros fabricados na Autoeuropa.
A produção era estática, ou seja, cada máquina não podia produzir mais do que as peças que estavam definidas pelo sindicato no horário normal de trabalho. Se fosse necessário aumentar a produção teria que se fazer com horas extras.
Todas as máquinas que existiam na empresa podiam sem esforço dos trabalhadores produzir muito mais do que estava estipulado. Havia máquinas que produziam 3000 peças por dia e podiam produzir 6000 com tempo para fumar os cigarros que quisesse, tomar os cafés que quisesse e ainda conviver socialmente (tudo isto no horário de trabalho).
Lembro-me de uma vez que me lembrei de produzir 5000 peças numa máquina em que devia produzir as tais 3000 e o delegado sindical quase me bateu... não bateu porque deve ter medido tamanhos.
Quero eu com isto dizer o quê?
As empresas devem ter lucros para que se possam investir em desenvolvimento e criar melhores condições socio-económicas aos seus trabalhadores. Assim devem aproveitar os seus recursos humanos e de equipamentos ao máximo sem que isso seja prejudicial para esses mesmos recursos.
Quem melhor sabe o que se passa no seio da empresa? Quem melhor sabe a evolução que a empresa deseja seguir? Quem melhor sabe...?
Os trabalhadores, os gestores e administradores e os clientes dessa empresa, a comunidade empresarial no seu todo.
Qual o contributo dos sindicatos nisto?
Nenhum! Servem sómente os partidos com fins literalmente politicos e eleitorais. Embora saiba que existem (felizmente) alguns sindicatos sérios na sua actividade e nos seus objectivos.
Que contributo válido, sério e construtivo deram os sindicatos no problema dos docentes e da educação?
Que tenha conhecimento nenhum.
Que contributo válido, sério e construtivo deram os sindicatos no problema da Autoeuropa?
Que tenha conhecimento nenhum, pois foi sempre a comissão de trabalhadores que liderou todos os processos de crise e mostrou resultados com os mesmos.
Acredito nas associações, quando estas desenvolvem o seu trabalho para o fim a que se propuseram aquando a sua criação.
Assim, é tempo de renovação ou melhor de reengenharia nos sistemas de associativismos dos trabalhadores.
Devem ser criadas as associações de trabalhores em cada empresa em conjunto e com o apoio das empresas, estas associações devem criar as suas "super associações" para uma melhor representação nacional e todos devem ser isentos, sérios e terem objectivos claros para o desenvolvimento de toda uma comunidade.
E os sindicatos actuais?
FECHEM-NOS!!!!!

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